segunda-feira, 9 de maio de 2011

Episódio 2# - Parte 11 continuação

 Infelizmente, a equipe de médicos que cuidou de mim era muito especializada e eu acabei sobrevivendo, aconteceu várias coisas até que fui adotada por Dakota Sustelli e Robert Sustelli, eu tinha 4 anos.
 Alguns meses depois de estar junto a eles, quando eu tinha 5 anos, eu estava no meu quarto sozinha, minha mãe estava na cozinha preparando o almoço, Letícia no computador na sala de estar, papai na garagem ele estava de férias, um são e tranquilo até que uma aberração em forma de adolescente - o mesmo que matara meus pais, entrou pela janela me assustando. Primeiro ele disse para mim ficar calma que não ia doer nada e para ficar bem quietinha, eu obedeci pois sei que isso é o melhor a fazer ficar calma e calada. 
 Só que ele avançou em cima de mim me jogando contra a minha cama, nisso eu gritei, mas a casa é imensa e meu quarto fica longe da garagem, ninguém me ouviu. Ele me machucou muito, arranhou todo meu corpo, cortou a minha testa, fez uma fratura gravíssima no meu pescoço e no meu abdômen, ele parecia contente quando me viu jogada naquela cama, toda ensangüentada, com ares de morta, praticamente não respirava, mas eu estava viva eu podia vê-lo e ouvi-lo, ele disse "missão cumprida" e saiu por onde entrara, segundo depois já podia ouvir os gritos desesperados da minha mãe, chamando por mim, quando ela entrou no quarto que viu aquela cena, debulhou-se em lágrimas e chamava desesperadamente meu pai para ajudá-la a me acudir, papai ligou para Dr. Karlio, ele veio na ambulância, mamãe foi comigo na ambulância, papai foi de carro e Letícia ficou na casa de uma amiga de mamãe que morava na frente da nossa casa, na ambulância eu dizia "mamãe, por favor não me deixa morrer, não me deixa morrer" não sei o que me levava a dizer isso, talvez eu soubesse que isso partiria o coração da minha mãe, minhas últimas palavras foram "mãe pai, eu amo vocês" depois desmaiei tive 3 paradas cardíacas, tive algumas paradas respiratórias, segundo Dr. Karlio me contou.
 Eu acordei 3 dias depois, eu fiz como se não lembrasse de nada, para não machucar minha mãe, mas eu senti vergonha de mim, eu estava cheia de hematomas e cicatrizes, eu não queria sair na rua, eu tinha medo de todo mundo eu ficava agarrada dia e noite ou com minha mãe ou com meu pai. As cicatrizes e os hematomas sumiram alguns meses depois, o único que permaneceu foi uma cicatriz na testa, que eu tenho até hoje, portanto, franja é sagrada eu não deixo crescer por nada.  
 Tenho medo que a aberração fique sabendo que eu sobrevivi, eu queira me matar novamente. Quando estou perto do Edward me sinto segura, porque parece que é ele que vai me livrar desse medo. Edward vai acabar com a aberração que me atormenta desde que nasci."
 Nesse momento estava dormindo na aula, quando Isabella me acordou.

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